Eis um filme interessante!
Sua história é simples, um casal se apaixona, mas ela contrai uma doença: uma flor começa a crescer em seu pulmão. Surreal é toda a atmosfera do filme, que conta com mil criaturas mecânicas vivas e muitos efeitos diferentes, como pernas e braços muito esticados, ou personagens nadando no ar de Paris.
O grande mote do filme são as críticas a aspectos da sociedade atual, como o consumismo e o uso de remédios. Ao mesmo tempo, a delicadeza da personagem feminina e sua tranquilidade diante da doença são elementos muito presentes.
Um outro aspecto que mais me chamou a atenção foi a inversão da importância da relação patrão/empregado, no filme o patrão se sente honrado pelo trabalho do empregado (Omar Sy), uma relação inexistente na realidade da história da humanidade ocidental (até o momento).
O diretor cria um ambiente lúdico que critica os abusos da sociedade contemporânea. A doença de Chloe (Audrey Tautou) chama seu fútil marido Colin (Romain Duris) à realidade, fortalecendo os laços de amizade com os outros personagens da trama. O filme consegue ser surreal e profundamente verdadeiro, mas ainda assim, dotado de uma delicadeza comovente.
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