sábado, 16 de janeiro de 2016

Dançando no escuro

Não é possível ficar indiferente ao drama que Lars Von Trier nos traz com esta história. 
Uma vida simples e sem perspectiva é o que Selma (Björk) apresenta de maneira primorosa. Como sempre, Von Trier contrapõe a miséria humana, o egoísmo, o preconceito e a simplicidade, a humildade, a amizade e o amor. Também como em outros filmes do diretor, a protagonista é uma mulher forte diante dessa miséria. 
Selma trabalha numa fábrica juntando todo o dinheiro que recebe para pagar uma cirurgia para seu filho. Sua vida é humilde e difícil. Seus vizinhos a ajudam, assim como os companheiros da fábrica e o grupo de teatro do qual participa. 
Como se a realidade não fosse triste o suficiente, uma traição de uma pessoa de sua confiança muda seu destino. A injustiça da situação toda é desgastante. O sonho americano - se é que ainda existe esse conceito - vai por água abaixo com o desenrolar dos acontecimentos. 
O final é trágico, mas trágico naquele ponto em que você realmente fica achando a vida uma desgraça completa e o ser humano o pior erro de todos. Todos que assistem o filme comentam que choraram até desidratar e eu não sou exceção.
Excelente!

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