sábado, 30 de janeiro de 2016

Azul é a cor mais quente

O filme retrata um relacionamento entre duas mulheres, uma delas já consciente de sua sexualidade e de suas escolhas, a outra ainda descobrindo suas preferências. Há muita sensibilidade na retratação dessa relação. Mesmo as explícitas cenas de sexo trazem a urgência da força do feminino. Por outro lado, a abordagem está mais nos sentimentos e no cotidiano da relação, não levantando bandeiras sobre liberdade e homossexualismo. 

Ao longo do filme, o relacionamento vai evoluindo e mudando de estágio e, assim como em qualquer relação, se alteram as percepções e a dinâmica do casal. 

Interessante observar que os relacionamentos têm problemas muito semelhantes, sejam eles como forem, e não estou falando só de homossexualismo, mas de maturidade, questões culturais, e toda e qualquer diferença que se possa imaginar, ou seja, as semelhanças dos desafios que enfrentamos em nossas relações nos uniformizam em nossa essência humana e superam as características individuais. 

Também é interessante observar que pode haver pitadas de machismo em qualquer relação, seja nos xingamentos ou nas agressões que acontecem em uma discussão. 

A meu ver, um belo filme sobre pessoas comuns que vivem um amor verdadeiro, retratado com sensibilidade e arte. 

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