O filme entrelaça a história da Filósofa Hypatia de Alexandria e o início do domínio cristão 400 anos depois de Cristo.
Existem dois aspectos interessantes nessa obra: a forte personagem feminina, filósofa, astrônoma e professora, que desperta a ira e o fanatismo cristão, tomando proporções inacreditáveis ao longo da obra.
Acostumados que somos a pensar sempre nos cristãos sendo devorados por leões no início do cristianismo, aqui eles se tornam os vilões. O fanatismo e a loucura tomam conta da cidade de Alexandria, onde os pagãos e judeus são, aos poucos, aniquilados.
É claro que a independência de uma mulher como Hypatia causa problemas com aqueles homens cristãos ignorantes. Embora nunca tenha se interessado por nenhum homem, ela é chamada de prostituta, além de bruxa, e acusada de ateísmo.
Muito interessante ver os cristãos sob essa perspectiva. Sempre penso na ironia dos lugares de poder na História. Os judeus que assassinam os cristãos são as vítimas do nazismo. Os papeis se invertem nesse momento, onde judeus e pagãos são vítimas e os cristãos, algozes, enfim, é interessante observar essa dinâmica, que, ao menos para mim, traz a reflexão do quão impermanente são as posições que ocupamos.
Mas, para mim, o elemento mais interessante do filme é a presença forte de Hypatia, que discutia de igual para igual com os homens, uma mulher que se dedicava inteiramente à busca pelo conhecimento, sem se importar com casamento, filhos, totalmente fora dos padrões!
Mas, para mim, o elemento mais interessante do filme é a presença forte de Hypatia, que discutia de igual para igual com os homens, uma mulher que se dedicava inteiramente à busca pelo conhecimento, sem se importar com casamento, filhos, totalmente fora dos padrões!
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